1. "Sessões curtas de estudo durante alguns dias são melhores para reter a informação na memória do que uma sessão longa." É melhor estudar quinze minutos por dia do que estudar 1h45 no domingo.
2. Devemos aprender a lidar com os modos focado e difuso do nosso cérebro, intercalando-os conforme as necessidades para que o aprendizado se torne melhor.
3. "O sono fornece a 'argamassa' que consolida as paredes do seu aprendizado." Baseados em estudos de Matthew Walker (especialista do sono e autor do ótimo "Por que nós dormimos"), os autores defendem que a quantidade de sono (8h para adultos; um pouco mais para crianças e adolescentes) seja respeitada para que se alcance boa performance nos estudos. Um cérebro cansado que não repousou direito -- consequentemente não conseguiu consolidar o que aprendeu no dia anterior e não conseguiu limpar a "sujeira" que fica entre os neurônios -- não é um cérebro preparado para aprender com alta qualidade.
4. Ler não é estudar. É preciso trabalhar com o conhecimento, fazer anotações, fechar o livro e forçar o cérebro a recordar o que acabou de aprender. "O que aprendemos se torna real quando fazemos alguma coisa com a informação. Transforme-a em ação. Evite simplesmente ler." Apenas sublinhar trechos importantes também não estimula o real aprendizado.
5. Evitar distrações enquanto estuda. Avisar as pessoas da casa que estará indisponível por determinado tempo, não deixar o celular perto da mesa de estudos, não ouvir músicas que distraiam. Se o "grupo de estudos" se tornar mais grupo de fofocas e troca de amenidades (muito comum) do que de estudos, sair do grupo.
6. Ensinar ajuda a fixar conhecimentos. Após estudar uma matéria, arranje alguém para ensinar ou faça de conta que está ensinando a alguém. Ao ensinar o que aprendeu, você recorda pontos importantes, esforça-se para fazer as análises e conexões corretas, organiza aquilo que estudou de forma lógica.
7. Ao fazer anotações, é melhor escrever com a mão do que digitar. O cérebro processa melhor a informação que está sendo manuscrita em comparação com a que está sendo digitada.
8. Para criar correntes cerebrais é preciso ter foco (a técnica do pomodoro pode ajudar muito: dedique com muito foco 25 minutos ou menos aos estudos, depois faça uma pausa de cinco minutos para uma atividade prazerosa, depois volte a focar se for possível), praticar muito (não se aprende de fato com uma leitura ou duas), sempre se forçar a recordar o que foi aprendido (sem consultar o material de estudo), testar a si mesmo.
9. Exercício físico libera hormônios que ajudam nos estudos. Não seja sedentário. Se perder o foco nos estudos, vá praticar alguma atividade física e depois retome.
10. Fazer conexões dos conhecimentos novos com os conhecimentos que já se possui -- mesmo com a criação de metáforas que podem parecer absurdas e infantis -- ajuda muito na fixação do que foi aprendido. No decorrer do livro os autores fazem uso de várias metáforas para explicar melhor o conteúdo.
11. Diferentemente do que tantos pregam, os autores deste "Aprendendo a aprender" defendem que, se você estudou bastante para a prova, deve começá-la pelas questões mais difíceis. Se empacar em alguma, refresque o cérebro indo resolver uma das questões fáceis. Caso você não tenha estudado para a prova, aí pode fazer sentido responder primeiro as questões mais fáceis.
12. "Se você acha que só aprende ouvindo ('auditivo'), pode acabar evitando outras formas de aprendizagem, como a visual. Isso pode prejudicar sua formação. A verdade é que todos aprendem melhor quando usam o máximo de sentidos possível."